Doença De Alzheimer: Qual é O Momento De Buscar O Diagnóstico?

Doença de Alzheimer: qual é o momento de buscar o diagnóstico?

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta a memória, o pensamento e o comportamento de uma pessoa.

Um dos principais desafios no diagnóstico da doença de Alzheimer é a dificuldade em distinguir seus sintomas de outras condições neurológicas e psiquiátricas. Além disso, muitas pessoas evitam procurar um diagnóstico precoce por medo ou negação da doença.

No entanto, a busca precoce pelo diagnóstico da doença de Alzheimer é crucial para o manejo efetivo dos sintomas e para o planejamento de cuidados de longo prazo.

Neste texto, discutiremos os biomarcadores disponíveis para o apoio diagnóstico e os benefícios que podem ser obtidos com a identificação precoce da doença de Alzheimer.

Prevalência do Alzheimer

A prevalência da doença de Alzheimer varia de acordo com a idade. É mais comum em pessoas mais velhas, especialmente acima dos 65 anos de idade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência da doença de Alzheimer aumenta acentuadamente com a idade, com uma taxa de prevalência de 1% a 3% em pessoas com idade entre 65 e 74 anos, aumentando para cerca de 19% em pessoas com mais de 75 anos e chegando a 40% ou mais dos 85 aos 89 anos.

No entanto, a doença de Alzheimer também pode afetar pessoas um pouco mais jovens. Estima-se que cerca de 5% dos casos de doença de Alzheimer ocorram em pessoas com idade inferior a 65 anos, muitas vezes referida como “Alzheimer de início precoce”.

É importante notar que a idade é apenas um dos fatores de risco para a doença de Alzheimer. Outros incluem histórico familiar, genética, traumatismos na cabeça, hipertensão, diabetes e obesidade, entre outros.

Quando buscar o diagnóstico?

Autoridades de saúde costumam indicar faixas etárias específicas para a realização de exames que podem identificar algumas doenças. Esse tipo de orientação segue a estatística e também serve para a gestão mais eficiente de recursos em sistemas de saúde.

O mesmo pode ser aplicado à doença de Alzheimer. Embora o recomendado seja buscar o diagnóstico acima dos 60 anos, nada impede que pessoas mais novas investiguem como anda sua saúde neurológica, especialmente se houver fatores de risco e/ou algum sintoma mesmo que discreto.

Biomarcadores no líquor

Um dos principais mecanismos envolvidos na doença de Alzheimer é a formação de placas de proteína beta-amiloide no cérebro. A proteína beta-amiloide é produzida naturalmente pelo cérebro, mas em pessoas com Alzheimer, não é eliminada de maneira eficaz.

Outro mecanismo envolvido é a formação de emaranhados neurofibrilares no cérebro, que consiste na agregação anormal da proteína tau em neurônios. Esses emaranhados afetam a capacidade das células nervosas de se comunicarem e podem levar à morte dos neurônios.

O processo neurodegenerativo leva a alteração dos níveis de proteínas específicas no líquor dos pacientes, especialmente as proteínas beta-amiloide, Tau total (T-Tau), Tau fosforilada (P-Tau) e os Neurofilamentos de cadeia leve (NfL).

Por isso, os biomarcadores no líquor (LCR) são uma importante ferramenta para o diagnóstico diferencial dos processos neurodegenerativos no sistema nervoso, inclusive na doença de Alzheimer.

As alterações destes biomarcadores podem ser identificadas, no líquor, antes mesmo da instalação do processo demencial (fase pré-clínica) e em pacientes com comprometimento cognitivo leve.

E, como em todas as condições neurodegenerativas, indivíduos assintomáticos ou com sintomas leves e que apresentem alterações nestes marcadores têm um risco significativamente mais alto de evoluir com os sintomas característicos.

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