Doença de Alzheimer: como fazer o diagnóstico precoce?
O Alzheimer representa um dos maiores desafios para a ciência quando o assunto são as doenças neurodegenerativas. A doença de Alzheimer é a principal delas – a OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que atualmente cerca de 50 milhões de pessoas tenham Alzheimer em todo o mundo, e o número deve aumentar para 65 milhões até 2030.
Por ser uma doença ainda sem cura, sua identificação precoce ajuda o paciente a ter mais qualidade de vida durante o tratamento, algo muito importante para ele e também para sua família.
Neste artigo, falaremos sobre os sintomas que devem despertar o alerta para o diagnóstico precoce do Alzheimer e que tipo de exame pode ajudar a identificar a doença antes mesmo dos primeiros sinais e sintomas começarem a aparecer.
Sintomas
A sintomatologia da doença de Alzheimer começa geralmente na população entre 65 e 70 anos. Mas mesmo antes, já podem ser identificados sintomas leves que ainda não afetam as atividades de vida diária da pessoa.
Entre os sintomas mais comuns estão a perda da memória recente, dificuldades na linguagem e perda do julgamento crítico e da capacidade de realizar tarefas que exigem planejamento, assim como tomada de decisões.
Conforme a doença avança, até tarefas mais simples do dia a dia podem ser afetadas, como vestir, comer, ir ao banheiro, andar e deglutir. Todos esses sintomas se manifestam de forma lenta e progressiva ao longo de vários anos.
Alzheimer precoce
Há que se considerar ainda a possibilidade do Alzheimer precoce, ou “demência pré-senil”, um tipo de Alzheimer raro que tem início normalmente entre os 40 e 50 anos (há casos documentados de pacientes com 27 anos), e está relacionada a alterações genéticas hereditárias.
Essas alterações genéticas, levam ao acúmulo de proteínas “tau” e beta-amilóides no cérebro, especificamente na parte responsável pela linguagem e memória, resultando no desenvolvimento dos sintomas do Alzheimer.
Quando os primeiros sintomas surgem, muitas vezes são confundidos com excesso de estresse ou depressão, e por isso o diagnóstico do Alzheimer acaba sendo mais tardio.
Daí a importância do diagnóstico ser realizado o mais breve possível – no surgimento dos primeiros sintomas, independente da faixa etária.
O desafio do ponto de vista clínico é o reconhecimento precoce das demências degenerativas, porque os sintomas podem ser confundidos com a depressão, por exemplo.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico do Alzheimer é clínico, com apoio de biomarcadores pesquisados através de exames de imagem, como a ressonância nuclear magnética, que demonstram o processo de destruição das células nervosas.
Existem também biomarcadores pesquisados no líquor (líquido cefalorraquiano), coletado através de uma punção lombar (procedimento médico seguro e minimamente invasivo), que podem colaborar no diagnóstico diferencial com outras doenças neurodegenerativas, além de apoiar o diagnóstico da doença de Alzheimer.
O que temos disponível hoje, com boa sensibilidade e especificidade para apoiar o diagnóstico precoce do Alzheimer, e que estão inclusive disponíveis no Neurolife, são as dosagens de proteína beta-amiloide com sua relação beta-42/beta-40, proteína Tau total, Tau fosforilada e neurofilamentos de cadeias leves. A dosagem da proteína 14-3-3 e o teste RT-QuIC, também são utilizados para o diagnóstico de uma doença priônica que cursa com demência de rápida evolução, a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).
Fale com o Neurolife
O Neurolife, no Rio de Janeiro, é um laboratório especializado na coleta e análise do líquor (Líquido Cefalorraquiano) para o apoio no diagnóstico de doenças como a Esclerose Múltipla, Doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.
Entre em contato conosco para saber mais.