Discussão Sobre Hereditariedade Na Esclerose Múltipla

Discussão sobre hereditariedade na esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, e sua causa exata ainda é desconhecida. No entanto, muitos estudos têm sido realizados para entender os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, incluindo a possível influência da hereditariedade.

A discussão sobre a hereditariedade na esclerose múltipla é um tema complexo e controverso, que envolve uma série de questões que vão desde a genética até o ambiente em que o indivíduo vive.

Neste texto, serão abordados os principais aspectos dessa discussão e os avanços recentes na compreensão da influência genética na esclerose múltipla.

Esclerose múltipla e hereditariedade: o que já se sabe

Após o diagnóstico da esclerose múltipla, é comum surgirem dúvidas, incluindo a possibilidade da doença ser hereditária. Embora a origem da esclerose múltipla ainda não seja totalmente compreendida, estudos apontam que sua causa é multifatorial e que a influência genética não é determinante.

A probabilidade de um irmão gêmeo de uma pessoa com EM também vir a ter a doença é de apenas uma em cinco (20%). Embora diversas pesquisas ao longo do tempo tenham identificado mais de 200 genes que parecem estar envolvidos no aparecimento da doença, nenhum deles é unicamente responsável pela EM.

Além disso, fatores não genéticos, como a deficiência de vitamina D, o consumo de tabaco e infecções por vírus, também podem influenciar o surgimento da esclerose múltipla. Se há histórico de EM na família, a probabilidade de vir a ter a doença é maior, mas isso não é uma certeza.

Estudos apontam que se alguém da família tiver EM, uma pessoa terá de 1% a 5% de chance de também desenvolver a doença (2% a 5% se for parente em primeiro grau).

Fatores ambientais

Há uma convicção na comunidade médica de que os fatores ambientais desempenham um papel crucial no desenvolvimento da EM. É notório que a doença é mais prevalente em populações que vivem em regiões mais distantes da linha do Equador, como evidenciado pela alta incidência no Canadá e em países do Norte da Europa.

É possível que essas populações tenham uma suscetibilidade específica à EM.

Além disso, até agora, vários fatores ambientais foram associados inequivocamente a um risco maior de desenvolver a doença, como a deficiência de vitamina D, infecção pelo vírus Epstein Barr,  tabagismo e obesidade na infância/adolescência.

Se tenho um parente de primeiro grau com EM, o que devo fazer?

Ter um parente próximo, principalmente mais velho, diagnosticado com esclerose múltipla pode de fato ser um fator de preocupação. Mas, como vimos acima, não é uma sentença de que a doença se manifestará.

Nesse caso, valem todas as medidas de prevenção, que também devem ser aplicadas a qualquer indivíduo:

  • Manter uma dieta saudável e equilibrada, com ênfase em alimentos ricos em antioxidantes e nutrientes importantes como vitamina D;
  • Praticar atividade física regularmente, pois isso pode ajudar a manter a saúde geral do corpo e do sistema nervoso;
  • Evitar o tabagismo, pois fumar pode aumentar o risco de desenvolver EM e piorar os sintomas em pessoas já diagnosticadas;
  • Gerenciar o estresse, pois altos níveis de estresse podem desencadear surtos de EM em pessoas já diagnosticadas;
  • Evitar a exposição a toxinas ambientais, como produtos químicos tóxicos e pesticidas, que podem afetar a saúde do sistema nervoso.

É importante ressaltar que essas medidas não garantem a prevenção da EM, mas podem ajudar a reduzir o risco ou a retardar a progressão da doença. Além disso, seguir um estilo de vida saudável pode ter muitos outros benefícios para a saúde geral do corpo.

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