O que se sabe sobre os efeitos da variante Ômicron na audição
Depois do olfato e do paladar, o SARS-CoV-2 parece estar prejudicando outro importante sentido humano: a audição. E os casos, aparentemente, têm sido mais comuns desde o início da circulação da variante Ômicron do vírus.
É o que sugere um estudo conduzido pela chefe do Departamento de Otorrinolaringologia -Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Konstantina Stankovic.
Embora já sejam sintomas relatados desde o início da pandemia, dor de ouvido, zumbido e outros problemas de audição estão se tornando um sinal comum da infecção pela Ômicron. Segundo Konstantina, em alguns pacientes a perda auditiva é o único sinal de infecção pela COVID-19.
A equipe da pesquisadora recriou um modelo de ouvido e o expôs a um teste de COVID-19. Eles concluíram que o prejuízo no ouvido tenha sido causado pela infecção através do nariz, principal porta de entrada do vírus e suas variantes no organismo.
Sintoma subestimado
Outro estudo indica que problemas de audição são um sintoma muitas vezes subestimado da COVID-19. Pesquisadores da Universidade de Manchester mostraram que entre 7% e 15% dos adultos diagnosticados com a doença relatam problemas de audição e equilíbrio.
O zumbido é o mais comum, seguido por dificuldades auditivas e vertigem, de acordo com os achados publicados no International Journal of Audiology. De acordo com o estudo, o zumbido de baixa frequência afeta até uma em cada seis pessoas que contraem o vírus.
O mesmo grupo de pesquisadores também descobriu que o zumbido pode ser uma sequela da infecção. Eles observaram que um em cada oito pacientes internados durante o período da pesquisa apresentava o problema oito semanas após a alta.
Problema agravado
Um terceiro estudo, feito na Universidade Anglia Ruskin, reforçou a descoberta ao concluir que 40% das pessoas que apresentavam sintomas de COVID-19 também apresentavam um agravamento do zumbido. Nessa pesquisa, foram analisadas 3.103 pessoas de 48 países diferentes.
Além disso, com a variante Ômicron em circulação, especialistas têm observado novos sintomas até então incomuns para a COVID-19. Uma análise de casos positivos feita pela equipe do aplicativo ZOE Covid (plataforma que reúne relatos de sintomas de pacientes de todo o mundo) mostrou que algumas pessoas infectadas com a nova cepa apresentavam vômito e perda de apetite, que não eram associadas à doença.
Dos sintomas ao diagnóstico
Por isso mesmo, nenhum sintoma pode ser subestimado, alertam os especialistas. No Brasil, há ainda um outro diferencial: os casos de gripe causados pelo Influenza H3N2, que tem muitos sintomas em comum com a COVID-19.
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