Neurolife Mapeia Evolução Das Variantes Da COVID-19 No Rio De Janeiro

Neurolife mapeia evolução das variantes da COVID-19 no Rio de Janeiro

O Neurolife apresentou um pôster no VIII Infecto Rio, realizado entre os dias 17 e 19 de agosto, para demonstrar a evolução das mutações do Sars-CoV-2, transmissor da COVID-19, na cidade do Rio de Janeiro. 

O evento é uma realização da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro com apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia com o objetivo de difundir pesquisas na área.

O Neurolife participou com o pôster “Mapeamento de variantes de SARS-CoV-2 em amostras respiratórias de pacientes da cidade do Rio de Janeiro”, assinado por Thays Cristine dos Santos Vieira, Léo Freitas Corrêa, Priscila de Jesus Fajardo, Francisjane de Jesus, Ana Luiza Diblasi, Cristiane Casanova, Celina de Oliveira, Ricardo Benesi Canuto, Marcus Tulius e Carlos Otávio Brandão.

O objetivo foi realizar o levantamento da distribuição das variantes do SARS-CoV-2 ao longo dos meses da pandemia de COVID-19 em amostras coletadas pelo Neurolife na cidade do Rio de Janeiro.

Metodologia

O estudo do Neurolife analisou 72 amostras de swab de naso e orofaringe coletadas entre setembro de 2020 e abril de 2022, com resultados prévios positivos para SARS-CoV-2 e armazenadas a -86°C.

Elas foram submetidas a análises de RT-PCR em Tempo Real para detecção de mutações associadas às variantes descritas ao longo da pandemia de COVID-19. As amostras passaram por um pré-tratamento onde 15μL destas foram acrescentados a 45μL de água ultrapura e, posteriormente, aquecidos a 98°C por 3 minutos e em sequência resfriados a 4°C por 5 minutos.

O produto deste pré-tratamento foi adicionado aos reagentes do kit comercial para variantes I e II da Seegene, seguindo os protocolos do fabricante. A análise dos resultados da PCR foi realizada no software Seegene Viewer e as alterações detectadas foram comparadas com as identificadas para cada variante de acordo com a literatura.

Resultados

Do total de 72 amostras, 26 não apresentaram amplificação para o controle endógeno RNAse P, indicando uma possível degradação do material biológico. 

De setembro de 2020 a fevereiro de 2021, 6 amostras apresentaram perfil compatível com o vírus selvagem, enquanto 13 amostras apresentaram mutações da variante P.2 (Zeta). 

De março de 2021 a maio do mesmo ano, apenas 1 amostra foi identificada como da linhagem selvagem, enquanto a única variante detectada foi a P.1 (Gamma), com 9 amostras. 

De junho de 2021 a abril de 2022 não foi detectada a versão selvagem do vírus em nenhuma amostra, mas houve um aumento no número de variantes observadas, sendo elas: B.1.621 (Mu), com 1 amostra; B.1.1.7 (Alpha), com 6 amostras; B.1.1529 (Ômicron), com 5 amostras e mais 5 amostras com variantes não claramente identificadas com a análise nesses dois kits.

Estratégia do vírus

Segundo Léo Freitas, coordenador de Biologia Molecular do Neurolife e um dos autores do pôster, a pesquisa vai de encontro ao que se vê na literatura sobre o Sars-CoV-2. “Percebemos que os casos positivos continuaram mesmo após o início da vacinação. A mutação é uma estratégia do vírus para driblar essa proteção. Ele altera algumas regiões gênicas para justamente ter uma capacidade maior de transmissibilidade”, disse.

Conheça o Neurolife

O Neurolife é um laboratório com unidades no Rio de Janeiro e Belo Horizonte especializado na coleta ambulatorial e análise do líquor (líquido cefalorraquidiano), para apoio no diagnóstico de doenças do sistema nervoso.

Consulte nosso atendimento para saber mais.

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