RT-PCR também identifica nova variante do coronavírus
A confirmação de que a nova variante do coronavírus já circula no Brasil aumentou a preocupação de especialistas e pacientes quanto ao aprofundamento da pandemia da COVID-19 no país.
Desde então, muitas dúvidas têm surgido, principalmente por parte de pacientes, sobre as diferenças da nova variante com o SARS-CoV-2 que circula no Brasil desde fevereiro de 2020.
No caso do diagnóstico, há poucas modificações. O teste RT-PCR, realizado através de coleta swab nasofaríngeo, pode continuar sendo usado normalmente para confirmação da presença do vírus SARS-CoV-2, inclusive da nova variante.
Com base na Nota Técnica da Anvisa Nº 1/2021 /SEI/ GEVIT/ GGTPS/DIRE3/ ANVISA – Processo nº 25351.900003/2021-29 – 01/01/2021, o Neurolife e HLAGyn elaboraram um relatório para esclarecer os pontos relevantes relacionados à nova variante a seus clientes. Confira o texto na íntegra:
Nota Técnica Anvisa sobre diagnósticos em novas variantes e possíveis resultados falso-negativos: Reino Unido – Nova variante (VUI 202012/01)
Diante das divulgações de novas variantes do vírus SARS-CoV-2, algumas preocupações surgiram levantando dúvidas sobre diversos pontos do agente causador da COVID-19: diagnósticos falso-negativos, poder de transmissibilidade, evasão viral, resistência viral e patogenia.
O Neurolife/HLAGyn preocupado em esclarecer a seus clientes, vem discutir sobre o relevante tema e esclarecer possíveis dúvidas. As mutações ocorrem de modo aleatório e a maioria delas não alteram as características fenotípicas dos vírus, podendo ser recorrentes e independentes. Variantes virais são grupos de vírus que apresentam mutações em comum sem alterar a característica de uma cepa viral.
A persistência de mutações em diferentes descendentes podem caracterizar novas cepas ou adaptações (como no novo coronavírus humano, possivelmente adaptado do coronavírus dos morcegos). Nem todas as variações genéticas podem ser consideradas cepas diferentes.
O Reino Unido relatou uma nova variante, denominada VUI 202012/01, que foi definida por múltiplas mudanças na proteína Spike ou proteína S. As alterações na proteína Spike (S) têm relevância no potencial de transmissão, infectividade, escape de anticorpos, vacinas e diagnósticos sorológicos.
Os efeitos reais precisam ser verificados e não significam necessariamente mudança na gravidade clínica ou eficiência de transmissão. O teste RT-PCR utilizado para a detecção de material genético do vírus SARS-CoV-2, no Neurolife/ HLAGyn, não sofre influências ou alterações relacionadas às mutações presentes na nova variante, pois são avaliados genes conservados e mais de um gene em cada amostra analisada.
As mutações apresentadas na Nota Técnica ocorrem principalmente em regiões de proteína S ou Spike, não avaliadas em nosso diagnóstico. Genes pesquisados: N, ORF1a e ORF1b.
O relatório completo produzido pelo HLAGyn e pelo Neurolife pode ser acessado clicando aqui.
O que é a nova variante?
A variante do Sars-CoV-2 foi identificada primeiro no Reino Unido, em setembro, e já teve a presença constatada em 31 países, entre eles o Brasil. A cepa foi classificada como VUI 202012/01.
O vírus apresenta uma mutação que afeta o gene S, que é utilizado como alvo em diferentes ensaios diagnósticos, o que pode levar a incapacidade de detecção do vírus se este for o único alvo ou referência do modelo diagnóstico.
Como consta na nota técnica, não é este o caso da metodologia empregada pelo Neurolife/HLAGyn, que não avalia o gene S.
A nova variante é mais perigosa?
Os efeitos reais do VUI 202012/01 ainda precisam ser melhor avaliados, mas há indícios de que a mutação no gene S facilita a transmissão do vírus. Embora não seja mais letal que o SARS-CoV-2, o VUI 202012/01 acaba tendo maior gravidade por, em tese, se espalhar mais facilmente entre a população.
Faça seu teste com o Neurolife/HLAGyn
O Neurolife é um laboratório especializado na coleta e análise do Líquido Cefalorraquiano (Líquor). Desde o início da pandemia da COVID-19, nosso time tem pesquisado impactos do SARS-CoV-2 em processos neurológicos, além de estruturar equipes de coleta e análises para pesquisa do vírus através do exame RT-PCR (coleta através de swab nasofaríngeo) e pesquisa de anticorpos através das sorologias para COVID-19 IgG e IgM (exame de sangue), com entrega dos resultados em até 24h.
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