Flurona: Diagnóstico Preciso De Doenças Respiratórias Nunca Foi Tão Necessário

Flurona: diagnóstico preciso de doenças respiratórias nunca foi tão necessário

Flurona. O ano de 2022 mal começou e este novo termo associado à pandemia da COVID-19 tem chamado a atenção de quem acompanha o noticiário.

Flurona é o nome dado à dupla infecção pelo SARS-CoV-2 ou suas variantes em conjunto com os vírus da família Influenza. Especialmente o Influenza H3N2, nova variante que está provocando uma epidemia em boa parte do Brasil.

O aumento de casos de gripe coincide com a entrada da variante Ômicron do SARS-CoV-2, com um índice de contágio bem maior que as outras variantes já detectadas.

Mas, afinal de contas, quais são as implicações da conjunção da pandemia de COVID-19 com a epidemia de gripe? E como garantir um diagnóstico preciso diante de sintomas tão parecidos?  É o que discutiremos neste artigo.

Conceitos

Flurona é um neologismo criado para misturar os termos “flu” (gripe, em inglês) e “corona”.  O termo, no entanto, não é adotado pela comunidade científica, que prefere tratar como coinfecção.

É importante ressaltar que Flurona não se trata de um novo vírus, mutação ou uma junção dos dois patógenos. É apenas o fenômeno de ser infectado por dois vírus simultaneamente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse em nota que ainda é cedo para entender a interação dos dois vírus e avaliar a gravidade dos casos. A OMS também destaca que a prevalência desses casos de coinfecção ainda é baixa.

Especialistas, por enquanto, não têm observado quadros graves causados pela coinfecção. No entanto, ainda há poucos dados para traçar um padrão de mortalidade e de gravidade. A preocupação é a sobrecarga do sistema imunológico para combater dois vírus diferentes.

A coinfecção é uma novidade?

Não. A coinfecção entre dois ou mais vírus é comum e ocorre também, por exemplo, com as arboviroses (dengue e zika ou chikungunya). Além disso, desde a primeira onda de COVID-19, vem sendo observados casos de coinfecção.

Em Botucatu (SP), no final de dezembro, uma mulher foi diagnosticada com COVID-19, Influenza e adenovírus (causador dos chamados “resfriados”).

A novidade é que, agora, são dois vírus com alta transmissibilidade concorrendo ao mesmo tempo, principalmente pela flexibilização maior das medidas de restrição impostas no combate à pandemia.

Como se proteger

As medidas de prevenção são as mesmas já conhecidas: higiene frequente das mãos (água e sabão ou álcool gel), uso de máscara e manter o distanciamento sempre que possível.

Além disso, as vacinas seguem como importantes instrumentos de proteção, tanto a da gripe como as usadas contra o coronavírus.

Diagnóstico preciso

Neste cenário, com os dois vírus com sintomas bastante parecidos atuando de forma simultânea, o diagnóstico preciso é essencial. Por isso, o acesso a exames que identifiquem não apenas a COVID-19, mas também outros vírus do sistema respiratório, é imprescindível.

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