Agosto Laranja Combate Desinformação Sobre Esclerose Múltipla

Agosto Laranja combate desinformação sobre esclerose múltipla

O mês de agosto assume uma nova tonalidade, vestindo-se de laranja não apenas em alusão ao forte sol do nosso inverno, mas também para abordar uma questão de extrema importância: a conscientização sobre a esclerose múltipla.

O Agosto Laranja foi criado pela AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose) com o objetivo de ser um movimento coletivo para desmistificar essa condição crônica de doença e fomentar o diagnóstico precoce, mais qualidade de vida, acolhimento, respeito e dignidade para quem convive com a patologia, seus amigos e familiares.

Na edição deste ano, a campanha reforça a importância da informação de qualidade baseada em evidência científica, contra as fake news e a desinformação acerca da esclerose múltipla.

Neste texto, examinaremos os desafios associados à desinformação sobre a esclerose múltipla, os objetivos da campanha e como a educação e sensibilização durante este mês podem fazer a diferença na vida das pessoas afetadas por essa condição e na sociedade como um todo.

EM e desinformação

A desinformação em torno da esclerose múltipla (EM) pode criar confusão e falsas concepções sobre essa condição complexa. Algumas das principais informações equivocadas incluem:

Causa única e conhecida

Uma das falsas concepções é a ideia de que a causa da esclerose múltipla é única e bem definida. No entanto, a EM é uma doença multifatorial e sua causa exata ainda é desconhecida. Envolve interações complexas entre predisposição genética e fatores ambientais.

Infectividade e contágio

Há um equívoco de que a esclerose múltipla é contagiosa, o que não é verdade. A EM não é causada por vírus ou bactérias e não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.

Apenas um tipo de EM

Outra desinformação é a crença de que a esclerose múltipla é uma doença única com uma única apresentação clínica. Na realidade, existem diferentes tipos de EMs, incluindo a forma remitente-recorrente, a secundária-progressiva e a primária-progressiva, cada uma com características distintas.

Incapacidade inevitável

Algumas pessoas acreditam erroneamente que todos os pacientes com esclerose múltipla inevitavelmente se tornarão incapazes e confinados a uma cadeira de rodas. Embora a doença possa levar a incapacidades em alguns casos, muitos pacientes mantêm uma boa qualidade de vida e mobilidade por muitos anos, especialmente com tratamento adequado.

Tratamentos ineficazes

A noção de que não há tratamentos eficazes para a esclerose múltipla é outra ideia equivocada. Na verdade, há uma variedade de opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Apenas afeta a função motora

A desinformação também se estende à crença de que a esclerose múltipla afeta apenas a função motora e causa problemas de mobilidade. No entanto, a EM pode causar uma variedade de sintomas neurológicos, incluindo fadiga, problemas de visão, dificuldades cognitivas e emocionais.

Diagnóstico e tratamento tardios

A falta de compreensão sobre a doença pode levar ao diagnóstico tardio e atrasar o início do tratamento. Quanto mais cedo a esclerose múltipla for diagnosticada e tratada, melhor será a gestão dos sintomas e a possibilidade de retardar a progressão da doença.

É fundamental buscar informações confiáveis com base em evidências científicas para evitar a propagação desses equívocos.

Diagnóstico

Na esclerose múltipla, o sistema imunológico do indivíduo passa a atacar uma estrutura própria que envolve as fibras nervosas, conhecida como bainha de mielina. Por isso, se diz que ela é uma doença desmielinizante, com comprometimento das funções coordenadas pelo cérebro. Essa desmielinização pode ser visualizada em exames de ressonância magnética em diferentes estágios de evolução, inclusive nas situações agudas (“surtos”).

Esse “ataque” do sistema imunológico a bainha de mielina também deixa rastros nos fluidos cerebrais, mesmo em seu estágio inicial. Um desses “rastros” é a imunoliberação de cadeias leves livres Kappa no líquido cefalorraquiano. E é aqui que entra a importância das metodologias modernas para detecção da inflamação que ocorre na EM, fundamentais para apoiar o diagnóstico precoce da doença. .

Estudos científicos vêm demonstrando a síntese intratecal de cadeias leves livres kappa através da análise do líquor e do sangue de pacientes com esclerose múltipla. A metodologia utilizada no Neurolife é capaz de detectar pequenas quantidades de cadeias leves livres em uma amostra de líquor retirada através de uma punção lombar (biomarcador bastante sensível).

Por isso, o exame do líquor é importante para o diagnóstico precoce, à medida que identifica alterações inflamatórias mínimas, mesmo nos estágios muito iniciais da EM.

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O Neurolife é um laboratório no Rio de Janeiro especializado na coleta e análise do líquor (LCR) para o apoio diagnóstico de diversas doenças que acometem o sistema nervoso.

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