O que 2024 reserva para pesquisas e novidades na neurologia
À medida que adentramos o ano de 2024, é impossível ignorar a iminente revolução que se desenha no horizonte da neurologia. Esta ciência fascinante, que se dedica ao estudo do sistema nervoso e suas intrincadas complexidades, encontra-se em constante evolução, sendo impulsionada por avanços tecnológicos, pesquisas incansáveis e a paixão de cientistas dedicados.
O futuro reserva descobertas e inovações que mudarão o campo de maneiras inimagináveis. Neste contexto dinâmico, exploraremos neste texto as principais áreas de descoberta e as mais recentes inovações que estão prestes a transformar a neurologia no ano vindouro.
Ao desvendar as fronteiras do conhecimento e da prática clínica, vislumbramos um panorama emocionante que promete redefinir os limites do entendimento humano sobre o cérebro e suas funcionalidades.
2024 na neurologia: o que vem por aí
Um levantamento realizado pelo blog do Neurolife com uso de inteligência artificial e mecanismos de buscas revela que os temas na neurologia com mais pesquisas em curso atualmente são:
- Doenças neurodegenerativas: como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e a esclerose múltipla;
- Epilepsia: um distúrbio neurológico que causa convulsões e outros sintomas;
- Acidente vascular cerebral (AVC): uma condição que ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido, causando danos cerebrais;
- Dor: um sintoma comum em muitas condições neurológicas, incluindo enxaquecas, dores de cabeça em salvas e neuropatia diabética;
- Esclerose lateral amiotrófica (ELA): uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta as células nervosas responsáveis pelo controle muscular;
- Distúrbios do sono: como a apneia do sono, a insônia e a narcolepsia;
- Traumatismo craniano: lesão na cabeça que pode causar danos cerebrais.
Aprofundando a busca sob a ótica da análise do líquor, temos como resultado uma série de pesquisas com foco no diagnóstico e marcadores de demências e doenças como a esclerose múltipla. Mas além disso, aparecem com destaque também o Sequenciamento de Nova Geração (NGS), novidades em análise citológica e análise do líquor em pacientes com COVID-19.
Sequenciamento de Nova Geração (NGS)
O Sequenciamento de Nova Geração (NGS) é uma técnica que permite sequenciar o DNA e o RNA de forma rápida, barata e de alto rendimento. O NGS é uma evolução do método de sequenciamento de Sanger, que permitiu a primeira sequência completa do genoma humano em 2003. O NGS é capaz de sequenciar milhões de fragmentos de DNA simultaneamente, o que permite a análise de genomas completos em um curto período de tempo.
No contexto da análise do líquor, o NGS traz uma vantagem única: o não direcionamento através da análise metagenômica. Com esta técnica, é possível que clínicos investiguem o agente infeccioso no líquor sem a necessidade de uma hipótese específica.
O sequenciamento metagenômico do líquor pode ser usado para detectar patógenos em casos de meningite, encefalite e outras infecções do sistema nervoso central. Além disso, o sequenciamento metagenômico pode ser usado para identificar mutações genéticas em pacientes com doenças neurológicas hereditárias.
O NGS tem muitas aplicações em pesquisa e diagnóstico, incluindo o diagnóstico de doenças genéticas, a identificação de mutações em células cancerosas e a análise de microbiomas. O NGS pode ajudar no diagnóstico de doenças neurológicas hereditárias, permitindo a identificação de mutações genéticas específicas que podem estar causando a doença. Isso pode ajudar os médicos a fazer um diagnóstico mais preciso e a desenvolver um plano de tratamento mais eficaz para o paciente.
Exame do líquor e a COVID-19
Os estudos recentes têm investigado a presença do vírus SARS-CoV-2 no líquor de pacientes com COVID-19, bem como as implicações neurológicas desta infeção pelo vírus. Ainda não se sabe ao certo quais são as implicações clínicas da passagem do vírus SARS-CoV-2 pelo líquor, mas acredita-se que a análise do líquor possa ser útil para o diagnóstico e tratamento das complicações relacionadas à COVID-19.
Ao longo da pandemia, houve relatos esporádicos de complicações neurológicas associadas à COVID-19. Alguns pacientes apresentaram sintomas neurológicos, como perda de olfato (anosmia) e alterações no estado mental, incluindo confusão e delírio.
Em casos mais graves, foi observado o desenvolvimento de complicações neurológicas, como encefalopatia e acidente vascular cerebral, além da chamada “Covid longa”, uma condição já documentada sobre efeitos cognitivos em pacientes que tiveram COVID-19.
A Covid longa pode causar problemas de saúde persistentes, com efeitos de longo prazo, como fadiga, falta de ar, dores musculares e articulares, dificuldade de concentração e memória, entre outros.
A OMS considera como “Covid Longa” ou “Condição Pós-Covid” os sintomas que surgem em até três meses após a contaminação, que duram pelo menos dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.
Conheça o Neurolife
O Neurolife é um laboratório com unidades no Rio de Janeiro e Belo Horizonte especializado no diagnóstico de doenças neurológicas, tais como as meningites neoplásicas, meningites infecciosas, hidrocefalias e síndromes de hipertensão intracraniana, através da punção liquórica e análise do liquor.
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