O que é e como funciona a citologia oncótica no exame do líquor?
Em um cenário médico cada vez mais avançado, a busca por métodos diagnósticos precisos torna-se fundamental para proporcionar aos pacientes a melhor qualidade de vida possível. No universo da neurologia, a citologia oncótica no exame do líquor emerge como uma ferramenta que desempenha um papel crucial na detecção precoce de condições neurológicas, especialmente aquelas associadas a distúrbios oncológicos.
No âmbito dessa necessidade crescente, exploramos, neste artigo, o que é a citologia oncótica e como ela opera no diagnóstico neurológico, fornecendo insights valiosos aos médicos comprometidos com a excelência no cuidado aos seus pacientes.
Nos acompanhe nessa jornada pelo mundo da citologia oncótica.
O que é citologia oncótica?
A citologia oncótica (pesquisa de células malignas) representa uma abordagem laboratorial de alta relevância, especialmente quando direcionada para o exame do líquor. Essa técnica consiste na análise minuciosa das células nos líquidos orgânicos, buscando identificar alterações morfológicas que possam indicar a presença de células tumorais.
No contexto do exame do líquor, a citologia oncótica permite a avaliação microscópica (exame citomorfológico) das células presentes no líquor, obtido através da punção lombar. Essa coleta proporciona uma oportunidade única de analisar o líquor e obter informações sobre possíveis anormalidades celulares associadas a condições neurológicas, especialmente aquelas relacionadas a doenças oncológicas.
A pesquisa de células neoplásicas inicia-se com a preparação de lâminas a partir das células obtidas através da citocentrifugação do líquor. Devidamente fixadas e coradas, elas são avaliadas através de microscopia, de forma detalhada por um profissional especializado, geralmente um citopatologista.
O citopatologista observa ao microscópio características específicas das células, tais como tamanho, forma, núcleo celular, citoplasma, presença de pigmentos, figuras de divisão celular e padrões de agrupamento. A identificação de alterações específicas nesses aspectos pode fornecer indícios de infiltração de células tumorais no espaço liquórico.
A citologia oncótica, assim, destaca-se como uma ferramenta diagnóstica essencial, permitindo aos médicos a identificação precoce de disseminação de tumores no sistema nervoso, especialmente as doenças malignas hematológicas (leucemias e linfomas). Essa avaliação possibilita uma abordagem mais precisa no diagnóstico de determinadas condições neurológicas, promovendo intervenções precoces e, consequentemente, impactando positivamente nos resultados terapêuticos.
Como funciona a citologia oncótica no exame do líquor?
O exame do líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano ou LCR, é fundamental na investigação de uma série de condições neurológicas, e a aplicação da citologia oncótica pode ajudar no diagnóstico diferencial de doenças malignas.
Coleta do líquor por punção lombar
O procedimento tem início com a coleta do líquor por meio de uma punção lombar, onde uma pequena quantidade do fluido é retirada. Essa amostra é então encaminhada ao laboratório para análise.
Contagem de células
Além da pesquisa de células tumorais, o exame do líquor inclui a contagem global e diferencial de células do sistema imunológico que podem estar presentes no líquor coletado. Essa contagem é relevante para avaliar a presença de possíveis processos inflamatórios e/ou infecciosos associados a diversas condições neurológicas.
Tipos de exames
A citologia oncótica pode incluir três métodos de análise, conforme a indicação clínica:
- Exame citomorfológico: identifica a presença no LCR de células com características anaplásicas (elevada relação núcleo-citoplasma, basofilia citoplasmática, núcleos com cromatina frouxa e nucléolos proeminentes,figuras de mitose atípicas, células bi e multinucleadas), indicando infiltração neoplásica do espaço sub-aracnóideo.
- Exame imunocitoquímico: indicado principalmente nas síndromes liquóricas com presença de células atípicas (neoplásicas) sem sítio primário conhecido (tumores sólidos).
- Imunofenotipagem: indicado no estudo e pesquisa de células mononucleares hematológicas atípicas sugestivas de blastos (neoplasias hematológicas, leucemias e linfomas).
Citologia oncótica no diagnóstico neurológico
A detecção precoce de células tumorais no líquor é crucial para o diagnóstico e manejo adequados de distúrbios neurológicos, especialmente os de natureza oncológica. A citologia oncótica no exame do líquor desempenha um papel fundamental na identificação de patologias oncológicas no sistema nervoso, como leucemias, linfomas, tumores cerebrais metastáticos e meningites neoplásicas.
O resultado desse exame fornece informações que auxiliam os médicos na formulação de estratégias de tratamento, permitindo intervenções precoces e maior sucesso terapêutico.
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