Ondas De Calor E Esclerose Múltipla: Como Reduzir Danos

Ondas de calor e esclerose múltipla: como reduzir danos

Boa parte do Brasil tem vivenciado ondas de calor intensas, fruto de fenômenos como o El Niño e outras mudanças climáticas mais profundas – as quais não nos cabe aqui discutir.

Fato é que essas ondas de calor representam um desafio significativo para indivíduos que convivem com esclerose múltipla (EM), uma condição neurológica complexa que afeta o sistema nervoso central.

Este texto explora de que maneira as variações de temperatura podem impactar os pacientes com EM, analisando os mecanismos fisiológicos subjacentes e suas implicações na gestão clínica dessa patologia multifacetada.

Efeito do calor nos sintomas da esclerose múltipla

O simples aumento na temperatura torna-se um disparador para a manifestação dos sintomas característicos da EM. Essa relação sensível entre calor e sintomas é particularmente evidente em condições climáticas intensamente quentes, onde mesmo um aumento leve na temperatura ambiente pode desencadear respostas fisiológicas significativas nos pacientes.

O calor não apenas intensifica os sintomas preexistentes da EM, mas também pode provocar o surgimento de novos desconfortos, tais como:

  • Entorpecimento nas extremidades
  • Fadiga avassaladora
  • Visão embaçada
  • Tremores
  • Fraqueza
  • Desafios cognitivos

Mecanismos fisiológicos do impacto do calor na EM

A EM, caracterizada por lesões no cérebro, nervos ópticos e medula, já compromete a capacidade de funcionamento dessas áreas. O calor, então, exerce uma influência adicional, retardando ainda mais a transmissão do impulso nervoso nessas regiões afetadas. Este fenômeno, conhecido como Fenômeno de Uhthoff, ressalta a vulnerabilidade das áreas lesionadas à temperatura elevada.

A sensibilidade ao calor e frio varia entre os indivíduos com EM. Alguns podem enfrentar sintomas em temperaturas relativamente moderadas, enquanto outros experimentam desconforto apenas em climas mais extremos.

A ocorrência de pseudo exacerbações, desencadeadas pela exposição ao calor, adiciona uma camada adicional de complexidade, pois os sintomas desaparecem quando a temperatura corporal retorna ao normal.

Estratégias de resfriamento e tratamento

Diante da intolerância ao calor, estratégias simples de resfriamento tornam-se cruciais para aliviar os sintomas temporários. Ambientes com ar-condicionado, vestimentas leves, ingestão de bebidas frias e a escolha de horários mais frescos para atividades ao ar livre são algumas das abordagens práticas.

Além disso, durante surtos, técnicas de resfriamento mais intensivas, como banhos frios, são empregadas para restaurar a temperatura corporal ao seu estado normal e aliviar os sintomas exacerbados pela exposição ao calor.

Conclusão

Ao compreender a intrincada relação entre o calor e a esclerose múltipla, podemos direcionar estratégias de manejo mais eficazes. A busca por soluções que proporcionem alívio temporário e a implementação de mudanças no estilo de vida desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição desafiadora.

Não se esqueça sempre de falar com o seu médico sobre alterações provocadas pela variação de temperatura e obter, com ele, os métodos mais adequados de enfrentamento de acordo com o histórico do paciente.

Conheça o Neurolife

O Neurolife é um laboratório com unidades no Rio de Janeiro e Belo Horizonte especializado no diagnóstico de doenças neurológicas, tais como as meningites neoplásicas, meningites infecciosas,  hidrocefalias e síndromes de hipertensão intracraniana, através da punção liquórica e análise do liquor.

Clique aqui para entrar em contato e saber mais sobre nossos serviços.

Back To Top
Olá! Precisa de ajuda?