Como o diagnóstico da Esclerose Múltipla está cada vez mais precoce
A Esclerose Múltipla não tem cura. Mas seu diagnóstico precoce, aliado ao tratamento correto, podem fazer bastante diferença na qualidade de vida dos pacientes.
Por isso, muitas pesquisas se debruçam na tentativa de meios para detectar a EM o quanto antes possível. E isso tem sido possível, inclusive com uma tecnologia já disponível no Neurolife.
É sobre ela que falaremos nesse artigo.
Diagnóstico da EM
Na Esclerose Múltipla, o sistema imunológico do indivíduo passa a atacar uma parte dos neurônios conhecida como bainha de mielina, estrutura que envolve as células. Por isso, se diz que ela é uma doença desmielinizante, com comprometimento das funções coordenadas pelo cérebro.
Essa desmielinização aparece em exames de ressonância magnética, mas geralmente quando já ocorrem há algum tempo, a ponto de gerarem sintomas relevantes nos pacientes – os casos conhecidos como surtos.
Esse “ataque” do sistema imunológico a bainha de mielina deixa rastros, mesmo em seu estágio inicial. Um desses “rastros” é a imunoliberação de cadeias leves livres no líquido cefalorraquiano. E é aqui que entra a importância das metodologias modernas, entre elas a oferecida pelo Neurolife.
Conheça o método
A metodologia que estamos nos referindo é o Freelite Mx®, desenvolvido pela Binding Site, parceira do Neurolife para esse tipo de análise. Ela é capaz de identificar a mais ínfima quantidade de cadeias leves livres em uma amostra de líquor retirada através de uma punção lombar.
Você já sabe: o líquor, também conhecido como Líquido Cefalorraquidiano (LCR), é um fluido corporal presente em cavidades do cérebro e na medula espinhal que ajuda a proteger, nutrir e eliminar resíduos dessas estruturas.
Alguns estudos demonstraram que portadores da Esclerose Múltipla apresentam aumento considerável das cadeias leves livres kappa no líquor.
E isso pode acontecer mesmo antes dos primeiros sintomas começarem a aparecer. Por isso o método é importante para o diagnóstico precoce, à medida que identifica alterações mínimas.
Alta sensibilidade
O Freelite Mx®, deve sempre ser utilizado em conjunto com outros exames realizados no liquor e no sangue , como bandas oligoclonais, índice de IgG e índice de albumina, assim como a neuroimagem por ressonância magnética.
A alta sensibilidade deste teste utilizado no Neurolife é uma grande vantagem, uma vez que ele apresenta resultados objetivos e quantitativos.
Ou seja: mesmo que o resultado dê negativo em um exame de bandas oligoclonais, o Freelite Mx®, devido à sua sensibilidade, consegue demonstrar que existe uma resposta imune ocorrendo no sistema nervoso central através da detecção da síntese intratecal das cadeias leves livres Kappa.
Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla é uma condição crônica, inflamatória e degenerativa do sistema nervoso central, que afeta no mundo cerca de 2,5 milhões de pessoas, 40 mil delas no Brasil – com prevalência de 15 a 18 casos a cada 100 mil habitantes; por isso, considerada rara. Com exceção dos traumas, ela é a principal causa de incapacidade de adultos jovens.
Ela foi descrita pela primeira vez em 1868 pelo médico Jean-Martin Charcot, do Hospital de la Salpetrière, em Paris, na época, o maior centro de neurologia da Europa.
Os principais sintomas são: alterações na visão; formigamento ou falta de sensibilidade; alterações no equilíbrio; perda de controle dos esfíncteres; queda na força muscular dos membros e redução na mobilidade.
Sem tratamento, os pacientes podem evoluir para uma forma progressiva da doença com sequelas incapacitantes.
Conheça o Neurolife
O Neurolife é um laboratório com sede no Rio de Janeiro especializado no diagnóstico liquórico de doenças do sistema nervoso, além de exames para detecção da COVID-19 e painéis para diagnóstico de demais doenças respiratórias.
No caso do líquor, também atendemos pacientes de outros estados, como em Minas Gerais com o Neurolife Minas, e na região de Ribeirão Preto, por meio de parceria com o INERP (Instituto de Neurologia de Ribeirão Preto).
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