Quais são os principais vírus que atacam o sistema respiratório?
Eles têm muito em comum. Suas infecções causam sintomas muito parecidos, são persistentes (capazes de manter o poder de contaminação após dias em superfícies e objetos, por exemplo) e acabam com a paz de crianças, adultos e idosos nos meses do outono e do inverno.
Estamos falando dos vírus respiratórios. Por incrível que pareça, alguns deles só foram isolados depois dos anos 2000, e mesmo assim novos subtipos continuam surgindo e provocando problemas graves – está aí o SARS-CoV-2 e a pandemia da COVID-19 que não nos deixa mentir.
O Neurolife preparou um guia com os principais vírus causadores de problemas respiratórios, suas principais características, sintomas e formas de transmissão. Confira:
Adenovírus
São um grupo de vírus que têm uma certa predileção por órgãos respiratórios, mas também provocam a conjuntivite e infecções no trato intestinal (principalmente em crianças). As infecções respiratórias ocorrem quando a criança entra em contato com o vírus, por meio de secreções. Ele também pode sobreviver por muitas horas em superfícies. A maioria das infecções por adenovírus é leve, com poucos sintomas, tais como febre, tosse, coriza, dor de cabeça e de garganta e, no quadro intestinal, diarreia, vômitos e dor de barriga.
Bocavírus
É um parente distante do vírus que provoca a parvovirose em cães. Foi descoberto apenas em 2005 como um agente causador de males respiratórios, principalmente em crianças. Em 2013, um estudo conduzido pela USP (Universidade de São Paulo) avaliou a incidência deste vírus em crianças. Tosse, sibilo e febre são os sintomas mais comuns. A maioria dos casos evolui com sintomas leves, mas há relatos de casos graves relacionados ao bocavírus.
Coronavírus (SARS-CoV-2, SARS, 229E, HKU-1, OC43, NL63)
Apesar de ser mais conhecida pelo seu integrante mais novo, o SARS-CoV-2, que provocou a pandemia de COVID-19, a família dos coronavírus já é estudada desde a década de 60. É mais uma série de vírus que ataca o sistema respiratório de humanos e alguns mamíferos. De toda a família conhecida, sete tipos afetam a nós, seres humanos. Quatro levam apenas a resfriados. Os três restantes (SARS-CoV, SARS-CoV-2 e Mers-CoV), por sua vez, causam sérios problemas respiratórios. A diferença é que o SARS-CoV-2 ataca outras funções além das respiratórias – como o sistema nervoso, renal e cardíaco, além de alterações na coagulação do sangue.
Enterovírus
Têm como principal meio de replicação o trato gastrointestinal, mas atacam também o sistema respiratório, causando sintomas como febre, coriza e dor de garganta. As doenças causadas por enterovírus são altamente infecciosas e mais comuns em crianças. O principal enterovírus é o poliovírus, causador da poliomielite. A transmissão do vírus acontece principalmente por meio da ingestão de alimentos e/ou água contaminados ou pelo contato com pessoas ou objetos também contaminados. As medidas de higiene (uso de álcool em gel e máscaras), adotadas contra a COVID-19, também ajudaram a reduzir significativamente as infecções pelos enterovírus.
Metapneumovírus
É bastante similar ao vírus sincicial respiratório (falaremos mais abaixo) e um dos principais causadores de problemas respiratórios em crianças. Os sintomas incluem corrimento nasal e febre. Cerca de metade das crianças reinfectadas também desenvolvem tosse e sibilo. A infecção pode ser fatal em bebês. Em adultos saudáveis e crianças mais velhas, a doença é normalmente leve e pode se manifestar apenas na forma de um resfriado comum.
Rinovírus
Também estão no topo da lista de agentes que mais causam problemas respiratórios. São os vírus que provocam o resfriado clássico – com sintomas como febre, dores de garganta, tosse, bronquite e dores de cabeça. É um dos principais facilitadores para doenças mais graves como a pneumonia. Como há mais de 160 rinovírus humanos diferentes, é possível pegar vários resfriados durante toda a vida.
Influenza (A, A subtipo H3, A subtipo H1N1, B)
É o vírus da gripe, cujos sintomas clássicos são febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e mal estar generalizado. Diarreia e vômitos podem aparecer em crianças. A principal diferença em relação aos resfriados é que a gripe é mais grave. As complicações mais comuns são pneumonia bacteriana e por outros vírus; sinusite; otite; desidratação e piora de doenças crônicas. Pode provocar falta de ar, taquicardia, persistência ou aumento da febre por mais de três dias e piora de doenças preexistentes.
Parainfluenza (1, 2, 3 e 4)
O vírus parainfluenza humano (hPIV) pode provocar um resfriado comum até uma pneumonia, bronquiolite ou mesmo uma laringotraqueobronquite (crupe). Os sintomas podem incluir febre, tosse, coriza, obstrução nasal, dor de garganta e dificuldade para respirar. A maioria das pessoas se recupera espontaneamente com medicações para controle dos sintomas. O vírus pode sobreviver em superfícies, por isso medidas de higiene são fundamentais.
Vírus Sincicial Respiratório (subtipo A e subtipo B)
O vírus sincicial respiratório (VSR) provoca uma infecção aguda nas vias respiratórias, que pode afetar os brônquios e os pulmões. Causa bronquiolite aguda e pneumonia, especialmente em bebês prematuros, no primeiro ano de vida. O VSR é altamente contagioso. Os sintomas são semelhantes aos do resfriado comum e na maioria dos casos desaparece espontaneamente em poucos dias. Caso haja febre alta, muita tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal, cianose labial, sibilo, falta de apetite ou letargia, pode significar que o vírus atingiu os pulmões, e o atendimento médico é necessário.
Conheça o PCR Painel Respiratório
Todos esses agentes listados acima, além das bactérias Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis (que provocam a coqueluche) e Mycoplasma pneumoniae (importante causador de pneumonia) podem ser detectados pelo PCR Painel Respiratório, exame disponível no Neurolife que auxilia no diagnóstico etiológico preciso de pacientes com problemas respiratórios. Algo bastante importante em meio à pandemia da COVID-19.
As coletas são realizadas através de swab nasofaríngeo e orofaríngeo. O exame do Neurolife é oferecido em parceria com a Biometrix e o HLAGYN.
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