Por que a análise do líquor é tão importante no diagnóstico da Esclerose Múltipla?
Várias informações devem ser avaliadas pelo médico para o diagnóstico da Esclerose Múltipla. Tudo começa com o relato do paciente, que geralmente procura o consultório depois de uma primeira crise.
A EM é uma doença bastante heterogênea e de etiologia ainda desconhecida. Por isso mesmo, não existe um teste único e específico para o seu diagnóstico. Diante desse desafio, médicos utilizam diversos exames para, antes de tudo, afastar a possibilidade de outras doenças como, por exemplo, infecções ou tumores.
A lista inclui exames de sangue, ressonância magnética para documentar a presença de lesões desmielinizantes, evidência clínica (observando os sintomas físicos e o histórico do paciente) e a análise do líquor.
Por que analisar o líquor?
O líquor é coletado por meio da punção lombar. A análise do líquor é fundamental para afastar outras causas que podem simular a EM, especialmente inflamatórias ou infecciosas, assim como demonstrar a presença de um processo inflamatório crônico com síntese intratecal de anticorpos IgG que está presente na maioria dos pacientes com EM.
Isso porque o processo patológico na Esclerose Múltipla ocorre por um desequilíbrio no sistema imunológico, levando a produção de imunoglobulinas contra proteínas próprias do sistema nervoso central, além de outros mediadores imunológicos, que podem ser detectados no líquor.
As diretrizes mais recentes para o diagnóstico da EM, publicadas por McDonald e colaboradores no final de 2017, destacam a importância da realização da pesquisa de bandas oligoclonais IGG no líquor para demonstrar o processo patológico da doença e apoiar o diagnóstico da Esclerose Múltipla.
Sensibilidade dos testes
O problema é que a doença não se manifesta igualmente em todas as populações. Nos países da América do Norte e Europa, 95% dos pacientes com EM apresentam bandas oligoclonais no líquor, já no Brasil esse índice cai para 80%, em média. Mas algumas pesquisas indicam uma porcentagem ainda menor, inferiores a 60%, em determinadas regiões.
Ou seja: há uma necessidade grande de testes mais sensíveis e um deles é a pesquisa da imunoliberação de cadeias leves livres kappa no liquor (Freelite® Mx, da Binding Site), utilizado pelo Neurolife.
Método inovador
O Freelite® Mx é considerado inovador porque faz a quantificação das cadeias leves livres kappa e lambda no líquor e no soro (Índice Kappa). Um estudo recente mostrou que 25% dos pacientes que não apresentavam bandas oligoclonais IgG durante o diagnóstico da Esclerose Múltipla, tiveram a demonstração da resposta imune humoral intratecal com o uso dessa metodologia.
Este estudo sugere que o índice kappa parece ser um biomarcador mais sensível de síntese intratecal de imunoglobulinas, em comparação com as bandas oligoclonais.
Com isso, por ser um teste quantitativo, além de apoiar o diagnóstico, o teste pode contribuir no acompanhamento evolutivo do paciente e controle de tratamento.
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O Neurolife é um laboratório no Rio de Janeiro especializado na coleta e análise do líquor. Nossa equipe é treinada e altamente especializada para oferecer um atendimento humanizado e com o máximo conforto para o paciente. Realizamos coletas em hospitais e clínicas, além de analisar materiais de outras cidades e estados.
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