
Fevereiro Roxo: o que a ciência já sabe sobre o Alzheimer
Fevereiro Roxo é o mês de conscientização sobre o Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que afeta pelo menos 1,2 milhão de pessoas no Brasil. Caracterizada pela perda progressiva da memória e por alterações cognitivas e comportamentais, a condição ainda não tem cura, mas pode ser gerenciada com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.
Avanços na pesquisa vêm proporcionando novas abordagens para o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes, mas muitos desafios permanecem.
Neste artigo, exploramos o que já sabemos sobre o Alzheimer, seus principais sintomas, fatores de risco e os caminhos que a ciência aponta para o futuro em relação à doença.
O que é o Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que causa perda de memória, comprometimento cognitivo e alterações comportamentais. Suas causas ainda não são totalmente compreendidas, mas sabe-se que envolvem o acúmulo anormal de proteínas no cérebro, como a beta-amiloide (que forma placas entre os neurônios) e a tau (que se agrupa dentro das células nervosas), levando à degeneração e morte celular.
Além disso, fatores genéticos, envelhecimento, inflamação crônica e alterações no metabolismo cerebral também estão associados ao desenvolvimento da doença. Embora não tenha cura, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico podem ajudar a retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Alzheimer: sintomas
A doença de Alzheimer se manifesta de forma progressiva, começando com sintomas leves e agravando-se ao longo do tempo. Os primeiros sinais podem incluir:
- Lapsos de memória;
- Dificuldade para lembrar informações recentes;
- Desorientação em relação ao tempo e espaço
Com a evolução da doença, os pacientes podem apresentar dificuldades na comunicação, alterações no humor e comportamento, além de comprometimento na realização de atividades cotidianas. Nos estágios mais avançados, há perda significativa da autonomia, problemas motores e dificuldade para reconhecer familiares e amigos.
A incidência do Alzheimer aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas acima de 65 anos. No entanto, também pode ocorrer em indivíduos mais jovens, embora seja raro.
Além disso, estudos indicam que a doença afeta mais as mulheres do que os homens. Esse maior risco pode estar relacionado a fatores hormonais, já que o estrogênio tem um papel neuroprotetor, e à maior expectativa de vida feminina, já que a idade avançada é um dos principais fatores de risco para o Alzheimer.
Alzheimer: diagnóstico
O diagnóstico da doença de Alzheimer envolve diversas abordagens para avaliar o comprometimento cognitivo e identificar sinais da neurodegeneração. Embora não exista um exame único e definitivo, alguns testes e biomarcadores ajudam a detectar a doença em estágios iniciais.
Principais métodos de diagnóstico:
- Avaliação clínica e testes cognitivos: análise dos sintomas, histórico médico e exames para avaliar memória, raciocínio e habilidades funcionais.
- Exames de imagem: ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET) ajudam a identificar atrofia cerebral e depósitos de beta-amiloide.
- Análises laboratoriais: descartam outras condições que possam causar sintomas semelhantes.
O papel do exame do líquor
O estudo do líquor (líquido cefalorraquidiano) tem se tornado uma ferramenta cada mais indispensável para o diagnóstico do Alzheimer, pois permite a detecção de biomarcadores específicos da doença:
- Beta-amiloide: níveis reduzidos no líquor indicam acúmulo anormal no cérebro
- Proteína tau e tau fosforilada: níveis aumentados refletem degeneração neuronal
O exame do líquor tem ganhado destaque por permitir um diagnóstico mais precoce, facilitando o acompanhamento e o planejamento de estratégias terapêuticas para retardar a progressão da doença.
Alzheimer: tratamento
O tratamento da doença de Alzheimer é focado em retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente, já que ainda não há cura para a condição.
Novas terapias vêm sendo estudadas, e alguns medicamentos mais recentes têm mostrado potencial para reduzir o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Além das opções farmacológicas, intervenções não medicamentosas são essenciais para o manejo da doença, incluindo estimulação cognitiva, fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico. O suporte ao cuidador também desempenha um papel fundamental, garantindo melhores condições para o paciente e seu entorno.
O que é o Fevereiro Roxo?
O Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização voltada para doenças sem cura, como Alzheimer, lúpus e fibromialgia, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do controle dos sintomas. Durante o mês, diversas ações são realizadas para sensibilizar a população, como palestras, eventos educativos e campanhas em redes sociais, que compartilham informações sobre a doença e orientações para pacientes e cuidadores.
O lema da campanha, “Se não há cura, que haja conforto”, destaca a importância do suporte contínuo para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essas condições.
Como um laboratório especializado na coleta e análise do líquor, o Neurolife faz questão de participar do movimento, divulgando informações acerca do Alzheimer para maior conscientização e conhecimento a respeito da doença.
Conheça o Neurolife
O Neurolife é um laboratório, com unidades no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, especializado no diagnóstico de doenças neurológicas, tais como as meningites neoplásicas, meningites infecciosas, doenças autoimunes, hidrocefalias, síndromes de hipertensão intracraniana e doenças neurodegenerativas, através da punção liquórica e análise do líquor.
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