Neurofilamentos de cadeias leves para acompanhamento da Esclerose Múltipla
O diagnóstico da Esclerose Múltipla é um momento de muita dificuldade para pacientes e familiares. Como sabemos, a EM é uma doença autoimune que ataca as células do sistema nervoso central e que não tem cura.
Mas o avanço da ciência tem trazido meios para a descoberta cada vez mais precoce da doença, o que possibilita também o tratamento que melhora a qualidade de vida do paciente de forma significativa.
Uma dessas descobertas é o exame de neurofilamentos de cadeias leves, oferecido pelo Neurolife, no Rio de Janeiro. Neste artigo, vamos explicar o que é o exame e porque ele tem sido visto como um importante aliado no tratamento da Esclerose Múltipla.
O que são neurofilamentos
Os neurofilamentos de cadeias leves são proteínas neurais que podem ser detectadas, no líquor e no sangue, quando as células nervosas estão sofrendo dano– o que ocorre, por exemplo, em casos de esclerose múltipla.
Estas proteínas podem ser utilizadas como biomarcador – pacientes com níveis elevados de Neurofilamentos podem piorar mais rápido dos sintomas da esclerose múltipla. Este biomarcador pode ser detectado também em outros processos que envolvem neurodegeneração
A presença dos neurofilamentos de cadeias leves também está associada a uma forma mais agressiva da esclerose múltipla, chamada esclerose múltipla secundária progressiva, na qual a incapacidade piora pouco a pouco e depois se torna mais constante.
Como detectar
A “boa notícia” é que os neurofilamentos de cadeia leve podem ser quantificados tanto no sangue como no líquido cefalorraquidiano (líquor), com boa sensibilidade.
Portanto, para o paciente e para os especialistas, fica mais fácil acompanhar a evolução do quadro, visto que a dosagem dos Neurofilamentos pode ser avaliada através de coleta do sangue, sem a necessidade da realização de uma punção lombar.
Acompanhamento
Um estudo realizado pelo Karolinska Institute, na Suécia, para validar o diagnóstico da EM pelos neurofilamentos de cadeias leves, analisou um grupo de 4.400 pessoas com esclerose múltipla e um grupo controle de mais de 1.000 pessoas saudáveis.
Durante cinco anos, os voluntários forneceram amostras de sangue e foram acompanhados clinicamente. O estudo avaliou os possíveis fatores relacionados ao agravamento da incapacidade, como o tempo de doença na esclerose múltipla.
O estudo mostrou que pacientes com EM apresentaram níveis mais elevados de neurofilamentos no sangue do que os voluntários sem a doença e que os pacientes com os mais elevados níveis deste biomarcador tinham 40% a 70% mais chances de piorar sua incapacidade no próximo ano, em comparação com aqueles com baixos níveis.
Conclusão
Embora o teste pudesse prever um risco muito maior de incapacidade, não foi possível mostrar definitivamente se alguém teria ou não algum problema. Os pesquisadores ressaltaram que é possível que outras condições médicas não estudadas possam afetar os níveis de neurofilamentos, o que evidencia a necessidade de mais estudos.
No entanto, ficou evidenciado que a análise dos neurofilamentos pode complementar o monitoramento da evolução da esclerose múltipla, que é baseado em ressonância magnética e exames clínico-neurológicos.
Outro aspecto interessante é que este biomarcador pode ser útil em estudos clínicos para verificar se o paciente está respondendo a um tratamento e, a partir daí, definir estratégias na dosagem ou mudança de medicamento ministrado.
Conheça o Neurolife
O Neurolife é um laboratório no Rio de Janeiro especializado na coleta e análise do líquor para o diagnóstico de doenças que atingem o sistema nervoso central.
O exame de neurofilamentos de cadeias leves, pelo sangue ou pelo líquor, é um dos exames disponíveis em nosso laboratório.
Entre em contato com nossa equipe de atendimento para saber mais!