Tudo o que sabemos sobre o vírus Influenza H3N2 Darwin
Desde novembro do ano passado, diversas cidades brasileiras registram uma epidemia de uma velha conhecida: a gripe.
Dessa vez, o agente causador é o H3N2 Darwin, uma nova variante do subtipo A do vírus. A primeira identificação da nova variante no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
Desde então, a epidemia se espalhou para outras capitais e hoje já está presente também em centros regionais menores.
A preocupação é grande porque boa parte da população não foi imunizada contra a gripe no ano passado (pela “concorrência” com a vacina contra a COVID-19) e por causa do relaxamento das medidas de combate ao SARS-CoV-2, que também ajudam a impedir a circulação de vírus como o Influenza.
Neste artigo, vamos explicar o que a comunidade científica já sabe sobre o H3N2 Darwin, além de seus sintomas e formas de prevenção.
Etimologia do vírus
Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o H1N1 e o H3N2. Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.
Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas.
A variante Darwin faz parte do tipo A (H3N2). Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro).
Sintomas
A doença provocada pela H3N2 Darwin tem sido chamada de nova gripe, mas, na prática, os sintomas são bem conhecidos:
- Febre alta no início do contágio
- Inflamação na garganta
- Calafrios
- Perda de apetite
- Irritação nos olhos
- Vômito
- Dores articulares
- Tosse
- Mal-estar e diarreia, principalmente em crianças
O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.
Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.
A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.
Prevenção
O vírus H3N2 é facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra, da mesma forma que o SARS-CoV-2 e suas variantes.
Por isso, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.
Mesmo com letalidade menor que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades).
O Brasil possui vacinas que protegem contra o vírus Influenza A e B, no entanto, elas não são específicas para a variante H3N2 Darwin, que está atingindo o país. Mesmo assim, especialistas recomendam a vacina para favorecer uma resposta melhor do sistema imunológico caso aconteça a contaminação.
Diagnóstico
A chegada do H3N2 Darwin e a circulação da variante Ômicron do SARS-CoV-2 faz com que o diagnóstico preciso seja essencial. Por isso, o acesso a exames que identifiquem não apenas a COVID-19, mas também outros vírus do sistema respiratório, é imprescindível.
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