Por Que As Crianças Estão Sofrendo Mais Com Doenças Respiratórias?

Por que as crianças estão sofrendo mais com doenças respiratórias?

Relatos de aumento em casos de internação de crianças por problemas respiratórios se multiplicam pelo país. Já falamos aqui sobre como esse fenômeno está relacionado à pandemia da COVID-19 e o retorno de atividades presenciais obrigatórias, principalmente nas escolas.

Mas porque justamente as crianças estão sentindo mais os efeitos do retorno de vírus que em 2020 ficaram praticamente sem registro no país? A resposta é fácil, mas é preciso ir com calma. É sobre isso que vamos falar neste artigo.

Sistema imunológico

O primeiro fator que explica a maior incidência de viroses e síndromes gripais é o próprio desenvolvimento do sistema imunológico das crianças.

A maturidade imunológica faz parte de um longo processo. Durante a gestação, a imunidade do feto decorre da corrente sanguínea da mãe, e no parto vaginal o sistema imune entra em contato com as bactérias benéficas. Já após o nascimento, a responsabilidade fica por conta do leite materno, sobretudo, nos primeiros seis meses de vida.

Depois desse período, a incumbência é das vacinas, administradas segundo o calendário que respeita a dose para cada fase de desenvolvimento.

Fortalecimento

Do nascimento aos 6 meses de vida, o bebê ainda não tem imunidade suficiente e, por isso, está mais suscetível a infecções —o risco é maior quando é menor o período gestacional, uma vez que o feto é dependente da transferência materna de anticorpos.

Para desenvolver a imunidade e combater bactérias, vírus e outros agentes, o recém-nascido precisa fundamentalmente por seis meses do leite materno, rico em anticorpos, enzimas e proteínas. Além disso, a sua composição varia a cada mamada, o que permite que a lactação forneça uma diversidade nutricional de estímulos imunológicos.

Mas e quando o bebê não mama no peito? Nestes casos, a substituição por fórmulas também garante uma certa proteção, embora não tão eficaz quanto a garantida pelo leite materno.

Imunidade natural

Há que se considerar, também, a imunidade adaptativa, que é quando o sistema imunológico cria os anticorpos após o primeiro contato com algum antígeno. A partir daí, quando é infectada novamente, o organismo reage com as células de memória, replicadas com base no “conhecimento” adquirido pelo contato anterior.

 Por isso mesmo, infectologistas consideram comum que, até os 5 anos de idade, a criança desenvolva, em média, seis quadros gripais durante um único ano.

O cenário na pandemia

As viroses e síndromes gripais estavam em queda desde 2020, impulsionada principalmente pelo fechamento das escolas e as medidas de restrição adotadas para controle da pandemia de COVID-19.

Vale lembrar que as escolas são espaços em que a transmissão de doenças virais sempre foi favorecida, dadas as características de espaços reduzidos divididos por um grande número de crianças.

O que ocorre é que, agora, muitas crianças que nunca tiveram contato presencial com a escola, por conta da pandemia, estão indo pela primeira vez para a sala de aula. Com o sistema imunológico pouco resistente, são vítimas ainda mais fáceis dos vírus, especialmente o Vírus Sincicial Respiratório, Bocavirus e vírus da família do Influenza.

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O Neurolife, no Rio de Janeiro, conta com uma solução que identifica 24 agentes infecciosos causadores de doenças respiratórias: o PCR Painel Respiratório. Os resultados são liberados em até 24 horas.

Os 24 agentes identificados pelo PCR Painel Respiratório são: Adenovírus, Bocavírus, Coronavírus SARS-CoV-2, Coronavírus SARS, Coronavírus 229E, Coronavírus HKU-1, Coronavírus OC43, Coronavírus NL63, Enterovírus, Metapneumovírus, Rinovírus, Vírus Influenza A, Vírus Influenza A – subtipo H3, Vírus Influenza A – subtipo H1N1, Vírus Influenza B, Vírus Parainflunenza 1, Vírus Parainfluenza 2, Vírus Parainfluenza 3, Vírus Parainfluenza 4, Vírus Sincicial Respiratório – subtipo A, Vírus Sincicial Respiratório – subtipo B, Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis e Mycoplasma pneumoniae.

O diagnóstico etiológico preciso orienta as medidas de precaução, estratégias de tratamento e o diagnóstico clínico.

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