Verdades E Mentiras Sobre O Alzheimer

Verdades e mentiras sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença complexa e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, junto com a crescente conscientização sobre essa condição, também surgem muitas informações conflitantes, algumas verdadeiras e outras falsas.

Neste texto, exploraremos as verdades e mentiras sobre o Alzheimer, com o objetivo de fornecer um entendimento claro e preciso sobre essa enfermidade neurodegenerativa.

Discutiremos os sintomas, fatores de risco, tratamentos e desmistificaremos algumas crenças equivocadas que cercam o Alzheimer. Ao adquirir conhecimentos precisos sobre essa condição, podemos ajudar a combater o estigma e proporcionar melhor apoio às pessoas afetadas por ela, bem como às suas famílias e cuidadores.

O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente a memória, o pensamento e o comportamento. É a forma mais comum de demência, representando aproximadamente 60%-70% de todos os casos.

No mundo, estima-se que existam cerca de 50 milhões de pessoas vivendo com Alzheimer. Esse número tende a aumentar à medida que a população envelhece e a expectativa de vida se estende. A incidência global da doença está crescendo rapidamente, sendo um dos principais desafios de saúde do século 21.

No Brasil, os dados sobre a incidência do Alzheimer são limitados, mas estudos apontam para um aumento significativo nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivam com a doença atualmente.

É importante destacar que o Alzheimer não afeta apenas a pessoa diagnosticada, mas também tem um impacto emocional e físico nos familiares e amigos próximos. Por essa razão, compreender a doença, seus sintomas, tratamentos e opções de suporte é essencial para enfrentar os desafios que ela apresenta e oferecer o apoio necessário a todos os envolvidos.

Mitos e verdades

O primeiro sintoma da doença de Alzheimer é a perda de memória

Mito: A perda de memória nem sempre é o primeiro sintoma do Alzheimer, embora de fato seja o mais comum. Em algumas pessoas, os sintomas iniciais podem incluir dificuldade de linguagem, desorientação no tempo e espaço, dificuldade em planejar ou resolver problemas complexos, controle das finanças, alterações de comportamento (como comportamentos incomuns para aquela pessoa), alterações de humor, entre outros.

Mulheres têm mais chances de desenvolver Alzheimer do que os homens

Verdade: A doença afeta duas vezes mais as mulheres, possivelmente devido ao fato de que as mulheres tendem a viver mais do que os homens, e a idade é um dos principais fatores de risco para o aparecimento do Alzheimer.

A pessoa com Alzheimer pode se esquecer das coisas que aconteceram recentemente, mas ainda se lembrar de fatos antigos

Verdade: Isso ocorre porque a doença afeta primeiro o hipocampo, a parte do cérebro onde as memórias são inicialmente formadas. Portanto, é possível que a pessoa se lembre de eventos da infância, mas se esqueça do que comeu no almoço.

O uso prolongado de remédios para o estômago pode causar Alzheimer

Mito: Alguns medicamentos para o tratamento de gastrite podem causar anemias e deficiência de vitamina B12 ao longo prazo, o que podem levar a sintomas semelhantes aos da demência, mas esses efeitos são totalmente tratáveis.

Não há cura para a doença de Alzheimer

Verdade: No entanto, existem diversos tratamentos disponíveis que podem ajudar a minimizar os sintomas e retardar a progressão da doença.

A pessoa com Alzheimer fica alheia ao que acontece ao seu redor

Mito: Apesar das dificuldades e dos sintomas, o paciente geralmente permanece consciente do que está ocorrendo ao seu redor, principalmente nos estágios iniciais. É essencial evitar infantilizar a pessoa, reconhecendo sua individualidade e respeitando seu espaço dentro da família.

Doenças cardiovasculares contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer

Verdade: Fatores de risco para doenças cardiovasculares, como tabagismo, diabetes e hipertensão, desempenham um papel importante no desenvolvimento do Alzheimer.

Esquecer as coisas não significa necessariamente ter Alzheimer

Verdade: A falha de memória pode estar relacionada a diversos fatores, como estresse. É importante lembrar que a doença de Alzheimer afeta principalmente a memória recente, enquanto as memórias antigas geralmente são preservadas. Além disso, problemas persistentes de memória podem ser sintomas de outras formas de demência.

Só pessoas idosas desenvolvem o Alzheimer

Mito: Embora seja mais comum em idosos, é um mito pensar que a doença de Alzheimer afeta apenas essa faixa etária. Existem casos de Alzheimer de Início Precoce, que afetam pessoas com menos de 65 anos. Embora sejam mais raros, esses casos são caracterizados por um rápido declínio das funções cognitivas.

É possível tomar medidas para reduzir o risco de desenvolver Alzheimer

Verdade: Práticas como atividades cognitivas, uma alimentação saudável e exercícios físicos podem contribuir para retardar o início e o aparecimento dos sintomas da doença. Essas medidas aumentam a reserva cognitiva e podem ajudar a pessoa a desenvolver estratégias para lidar com as perdas causadas pela doença.

Pancadas na cabeça podem contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer

Verdade: Um estudo realizado na Pensilvânia (EUA) relacionou traumas cranianos ao aumento da concentração de proteínas cerebrais que contribuem para a formação das placas senis, um dos fatores importantes na causa da doença.

Conclusão

O Alzheimer é uma condição séria e que deve ser tratada com o acompanhamento de profissionais especializados. Não subestime nem superestime seus sintomas e efeitos. A informação é uma arma importante nesse processo!

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